A caminhada do insucesso do profissional de comunicação
Se o título falasse do sucesso, antes da caminhada seria imprescindível fazer um checklist dos itens necessários na mochila do profissional de comunicação: numa análise comparativa a criatividade é como a moringa de água; pontualidade pode ser chamada de barra de cereais; responsabilidade e respeito representam o sanduíche de presunto e queijo presente sempre mesmo não sendo consumido.
Contudo além de precisarmos saber o que levar, devemos aprender quando usar e o mais importante reconhecer a importância de caminharmos juntos com as necessidades do mercado.
Sobre não andar sozinho.
Criar a doce ilusão de trabalhar por conta própria para não ter a obrigação de cumprir prazos é o primeiro passo para o abismo do insucesso.
Diante dessa circunstância o segundo passo é quando o profissional criativo e atuante na área de comunicação se abstém de compreender as próprias limitações antes de assumir um projeto.
Analisar o percurso e se certificar da existência de recurso necessário para cumprir tudo estabelecido é uma prática pouco realizada. Isso reflete nas ações e desculpas que serão expostas abaixo.
Prazos, metas, interesses, mercado e o profissional criativo.
Os prazos não são escolhas pessoais, estes são impostos pelo ritmo do mercado cada vez mais acelerado por conta da era digital onde tudo é para anteontem.
Profissionais criativos que não respeitam prazos costumam se respaldar nos ditos populares que defendem o tempo de criação deles diferente dos demais.
Aqui as demandas do mercado não esperam e começa nesse ponto algo recorrente nos meios de quem precisa aguardar pela prestação de serviço, dos profissionais que começaram sua jornada para o insucesso.
As desculpas! E as mais comuns são:
“Precisei assumir outro trabalho, pois fiz um desconto especial para sua empresa e sem outro projeto a conta não fecha no final do mês!”
Vale então a ressalva: a empresa contratante não quer desculpas ela quer solução, suas metas mensais não são de interesse tão pouco de responsabilidade dela, aprenda a separar as coisas.
“A forma como está pedindo que seja feito o projeto não contempla ao que havia sido tratado no início por isso não conseguirei entregar no prazo!”
Todo trabalho independente do tamanho precisa ser documentado e respaldado, nas premissas e restrições, quando está claro desde o começo o que será feito e também o que não será feito, inexiste margem para questionamentos ou acréscimos.
E caso isso venha acontecer novos prazos e valores precisam ser negociados.
Algo interessante é: enquanto somos clientes queremos conseguir o máximo em qualidade e tempo pelo menor custo possível.
O profissional que caminha para o insucesso quando está prestando serviços, não esclarece para o cliente que uma ação a mais é um bônus quando não cobrada.
A gentileza nessa ação precisa ser reconhecida pelo seu cliente, quando isso não fica explicito, assume-se o risco de perder os prazos, gastar recursos que não tem e ainda ter o trabalho julgado como algo sem qualidade.
Quer sucesso? Essa é com certeza uma pergunta retórica. Faça então o caminho contrário do que foi exposto aqui.